Como aproveitar bem uma reprovação!

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como aproveitar uma reprovação - edilson vitorelli

Confira as considerações feitas pelo Professor Edilson Vitorelli

Procurador da República, Ex-Juiz Federal junto ao TRF da 4ª. Região. Ex-Procurador do Estado de Minas Gerais, Aprovado em inúmeros concursos públicos, destacando-se o 5º. Lugar no MPF, 6º. na magistratura federal e 1º. Na Procuradoria do Estado de Minas Gerais. Professor de Direito Processual Civil, direitos difusos e coletivos. Autor do Livro Estatuto do Índio. (veja completo)

Sabedoria é aprender com os erros dos outros. Aprender com nossos próprios erros é obrigação. Então, se você foi reprovado em um concurso, a pior coisa que pode fazer é simplesmente jogar o caderno de provas para um lado e dizer, laconicamente: "minha hora não chegou, vamos aguardar o próximo concurso". Lamentavelmente, essa é a frase que mais se vê no correio web e em outros fóruns quando sai um resultado.

Se você foi reprovado, comece fazendo seu ritual de reprovação: tem gente que chora, tem gente que vomita, tem gente que come chocolate, tem gente que bebe (esses, ao que me parece, são a maioria), tem gente que reza, etc. O ritual da reprovação é muito importante para aliviar a pressão de ter investido tanto em algo para não conseguir. É quase como cortejar (que palavra antiga!) uma mulher durante muito tempo e depois levar um toco (agora uma palavra nova!). É normal bater uma decepção.

Mas, no dia seguinte, é hora de curar a ressaca, começar o regime, enxugar as lágrimas e assumir a responsabilidade pela reprovação, buscando um diagnóstico do que a acarretou. Na minha percepção, os principais motivos de uma reprovação, em ordem de frequência, são os seguintes:

1. falta de estudo. É fato que, por muito que estudemos, os concursos são concorridos e outras pessoas também estão estudando muito. Então, principalmente se você começou a estudar há pouco tempo, é normal que haja algum intervalo antes que você consiga atingir o nível dos demais candidatos, principalmente se você não teve uma boa base na faculdade, o que também tem se tornado a regra e não a exceção.

2. falta de método de estudo. Como venho dizendo, repetidamente neste blog, a principal diferença entre um velho concurseiro e um novo servidor público é o desenvolvimento de um método de estudo que lhe permita absorver o conhecimento lido nos livros. Se você já estuda há muito tempo, já leu a absurda lista de livros sugerida pelos fóruns de concurso e continua não passando, provavelmente essa é a causa da sua reprovação.

3. falta de preparação psicológica. Algumas pessoas têm muita dificuldade para lidar com a pressão de fazer uma prova, pelos mais variados motivos: instabilidade psicológica, pressão para conseguir um emprego, excesso de auto cobrança, ou de cobrança familiar, etc. Esse é o problema mais fácil de ser resolvido dentre os três, já que não envolve mais que um acordo consigo mesmo. Se seu problema é a pressão de ser concurseiro, procure um trabalho de meio período (já fiz essa recomendação em posts anteriores). Se é mesmo um problema psicológico, crie um método de ficar em paz consigo mesmo durante a prova, seja meditação, oração ou qualquer outra coisa que lhe pareça adequada. Há pessoas que tomam medicamentos ou procuram psicólogos. Não me parece que nenhuma das duas coisas seja necessária, mas se você tem absoluta certeza de que já estudou muito, de que seu método de fixação é bom e de que é apenas o nervosismo que lhe atrapalha, pode ser válido apelar para essas alternativas.

Enfim, já é sabedoria antiga que os erros são mais valiosos que os acertos, porque nos permitem aprender. Não roube de você mesmo a oportunidade de aprender com uma reprovação, caindo no mantra da minha hora que não chegou.

Esse texto foi publicado no Blog do Professor Edilson Vitorelli. Conheça o Blog

Edilson Vitorelli - Procurador da República, representante da 6ª. Câmara de Coordenação e Revisão (Índios e Minorias) do Ministério Público Federal em Minas Gerais. Ex-Juiz Federal junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª. Região. Ex-Procurador do Estado de Minas Gerais, cargo no qual chefiou assessorias jurídicas de diversas secretarias de Estado. Aprovado em inúmeros concursos públicos, destacando-se o 5º. Lugar no MPF, 6º. na magistratura federal e 1º. Na Procuradoria do Estado de Minas Gerais. Professor de Direito Processual Civil, direitos difusos e coletivos. Autor do Livro Estatuto do Índio e organizador da obra Temas aprofundados do Ministério Público Federal, ambos publicados pela editora Juspodivm. Twitter @edvitorelli Blog do Prof. Edilson Vitorelli

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