O candidato ou a candidata que alcançou aprovação, classificando-se dentro do número de vagas do edital, realizou um feito extraordinário, haja vista a acirrada competição envolvida em concursos públicos. Porém…
O candidato ou a candidata que alcançou aprovação, classificando-se dentro do número de vagas do edital, realizou um feito extraordinário, haja vista a acirrada competição envolvida em concursos públicos. Porém, é bom lembrar que tal competição é, pelo menos em boa medida, do candidato contra ele mesmo, contra suas próprias falhas e insuficiências relacionadas ao conhecimento exigido. Mas o que realmente leva um candidato a ser vitorioso? Vejamos algumas de suas principais qualidades:
A disposição de ACREDITAR e de PAGAR o PREÇO — Talvez essas sejam as principais virtudes de um concurseiro que é ou será bem sucedido em alcançar sua meta. Esse candidato está profundamente convicto – embora possa ter alguns momentos de hesitação, às vezes até prolongados – de que vale a pena se esforçar o quanto pode e ele, efetivamente, faz isso, emprega todo o esforço possível em busca da vitória. Isso significa que ele está disposto a mudar sua rotina e algumas de suas prioridades. Está disposto a deixar de lado momentos e atividades que gosta muito. O candidato sabe que tal esforço é temporário, porém, temporário não significa rápido e breve. Estima-se que a média é de três a cinco anos de estudo diligente, até alcançar a nomeação.
Muitos candidatos caem numa armadilha: acreditam vagamente na conquista, frequentam alguns cursos, compram livros e apostilas, mas leem pouco, estudam pouco, e acham que tal esforço é suficiente. O resultado é que gastam suas economias e não alcançam a nomeação. Feliz ou infelizmente, a realidade dos concursos exige do candidato um real comprometimento com os estudos.
A FLEXIBILIDADE — Essa virtude complementa a disposição de acreditar e de pagar o preço, pois o candidato, como qualquer pessoa, tem família e outros compromissos além do de estudar para concursos. Como ele consegue lidar com as demandas? Ele se adapta, mantendo o compromisso com os estudos. Um amigo concurseiro estudava há alguns anos e já era servidor, mas queria muito ser Analista de um tribunal federal. Estava com a data de casamento marcada quando o edital para Analista foi publicado. O que ele fez? Conversou com a noiva (não, ele não quis mexer na data do casamento! ;) e pediu que ela o apoiasse, pois a conquista do cargo seria para os dois, trazendo uma vida melhor para o casal. Com o apoio da noiva e de familiares, começou a maratona: ele chegava do serviço e ia dormir, só tomando uma refeição leve antes. Acordava às 4 horas da madrugada e estudava até às 7 horas. No intervalo do almoço, no trabalho, estudava mais 1 hora e no trajeto do ônibus conseguia estudar mais 1 hora, totalizando 5 horas diárias de estudo. Nos finais de semana, estudava umas 8 horas, com intervalos. Esse ritmo durou 2 meses. Resultado: Aprovado e nomeado Analista! Note que as dificuldades que o candidato enfrentou estavam todas lá: serviço, responsabilidades familiares, compromissos, falta de tempo, MAS nosso tenaz concurseiro soube buscar soluções. Em 60 dias ele estudou mais de 300 horas. Esse tipo de história, respeitadas as peculiaridades, é absolutamente comum entre os candidatos bem sucedidos.
Quanto ao grau de adaptação em função dos estudos, minha atitude pessoal é essa: não deixo de demonstrar – com ações e palavras – meu amor aos familiares e amigos, não deixo de estar presente no que considero mais importante, essencial, mas mantenho o compromisso comigo mesma de aproveitar o tempo que agendei para os estudos. Porém, cada um é que sabe da sua realidade, é preciso ter flexibilidade para se organizar nos estudos sem negligenciar aquilo que é sagrado para você.
A EVOLUÇÃO — A evolução no aprendizado é marca do concurseiro vitorioso. Nos anos de estudo ele precisa, verdadeiramente, estar evoluindo. Se não está, se o avanço é pequeno, precisa reavaliar seu objetivo, seus métodos, suas fontes de estudo e o quanto estuda realmente. Isso não significa que o concurseiro não pode ter ido mal numa prova, ir mal numa prova é parte do processo, não é problema algum, desde que o candidato analise seus erros e busque corrigi-los. Os professores especializados em concursos podem ajudar muito. Os amigos concurseiros também, compondo um círculo de aprendizado, onde todos contribuem para a evolução de cada um.
Bem, creio que aí estão as principais qualidades do candidato vitorioso. Todos podemos cultivar tais qualidades, desde que esse seja o nosso desejo.
Finalizamos com uma bela mensagem do Ayrton Senna. Por sinal, quem puder assistir ao documentário “Senna”, vale muito, é uma lição de vida.
http://www.youtube.com/watch?v=HlF2F5t9owc
Um abraço!
Bons estudos!
Marta Rolim
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Marta Rolim é graduada em psicologia e escritora, tendo publicado contos em mais de dez livros, coletâneas resultantes de premiações em concursos literários e também artigos em jornais. Concurseira como nós, possui várias aprovações, entre elas, 8º lugar para Oficial de Justiça (TJ-RS 2011). Também passou para Analista do TRE-RS 2010.
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